Rádio Reverberação

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Quais são os limites da responsabilidade?


Marcha pela Educação, Ouro Preto-MG (17/05/2012)

Quais são os limites da responsabilidade? Quando nós, como agentes, devemos intervir em nossa realidade e assumir posturas que podem definir o destino de alguma coisa? Em muitos aspectos do cotidiano manifestar-se de forma isenta e distanciada é a melhor forma de se mostrar. Tecer opiniões é uma das capacidades mais fáceis do pensamento humano. A gente fala o que pensa e tá bom, nos posicionamos frente a um problema qualquer. Na maioria das vezes se cobra para que o outro faça o mesmo. Sempre é muito grande a indignação com relação àquele que sempre fica em cima do muro, ou que simplesmente ignora a discussão. Criticar o alienado é fácil. Omitir um juízo de valor positivo a problemas sociais, quando eles não nos atingem, também não é das coisas mais pesarosas de fazer. Coletividade, união e força! Esse é o discurso da democracia, todos juntos somos fortes. Até que chega o momento em que se precisa fazer valer aquilo que publicamos no Facebook para nos autopromover. Ao despertar um problema que realmente afeta a coletividade esse discurso começa a se diluir ao passo que se aproxima de nossa realidade. O coletivo quando afeta os interesses individuais começa a ser tratado não mais como um direito, mas como um retrocesso, como estagnação ou simplesmente como algo prejudicial. Temos medo de por a cara à tapa e assumir a responsabilidade de ir à luta e defender interesses que imediatamente nos prejudicam, mas que no futuro trará benefícios, mas que poderão ser questionados de acordo com a realidade daquele momento. Somos peça da sociedade. Ela não existe sem a gente, bem como a gente não existe sem ela. Vamos sempre nos acovardar perante aos problemas que batem a nossa porta? Pensaremos apenas em nossas causas particulares e esquecer o bem comum? Ninguém é obrigado a concordar com isso, todos têm o direito ao egoísmo, eu em muitos casos também sou. Mas quando se é, tem que deixar claro isso. Quando formos fazer propaganda de nós mesmos temos que aprender a guardar a demagogia na gaveta e dizer que só importamos conosco, que o interesse geral não importa e que queremos apenas nos beneficiar. Isso mais honesto, essa é a atitude um ser humano responsável. O covarde se omite, defende algo que não acredita, se voluntaria na alienação. Estamos passando por uma tempestade. Escolha se quer ir para o mar ou ficar no continente. Seja qual for a sua escolha FIQUE, seja responsável e honesto; e quando a tempestade passar se mantenha por lá. Os princípios de um homem formam o seu caráter.

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