Rádio Reverberação

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A memória da tecnologia


Há poucos dias, em uma mesa de bar, estava eu conversando com uns amigos sobre a questão de como o celular deixa aquele tipo de reunião um porre, nos veio a mente toda a evolução de informática de nossa geração. Como que, mesmo de forma tardia para nós pobres brasileiros, a chegada do computador e da internet revolucionou de forma sensacional nossas vidas. E foi mesmo uma conversa bem divertida.

É incrível quando chegamos em alguma LAN House pelo país e lá dentro têm dezenas de crianças de 8, 10 ou 15 anos frenéticas na frente do PC, destruindo em jogos como Counter Strike ou GTA. Lembro-me de uma ocasião em que eu estava em PInda, antes de me mudar para Minas Gerais, e que eu estava sem internet em casa e fui para uma LAN. Lá eu resolvi jogar um dos jogos da franquia do GTA. Nunca havia jogado até então, e de repente chegou um molequinho, lá pelos 9 anos de idade e começou a dar dicas “faz isso”, “faz aquilo”, “põe tal código, em tal lugar, pra ter tal coisa”... incrível! E cada vez mais as crianças estão dominando com uma velocidade incrível a tecnologia que nos está disponível hoje. Pena que não sabem mais brincar de guerra de mamona, esconde-esconde, bandeirinha e por aí vai, mas este post não é de lamento.



As modernidades da internet hoje aparecem mais como uma necessidade, uma forma de integração do que propriamente uma coisa revolucionária, e necessitamos de computadores mais velozes. Lá pelos idos de 1996 meu pai comprou o primeiro computador. Pentium 100 Mz, 16Mb de memória RAM, 256Mb de HD e Windows 3.11... ERA UMA PUTA MÁQUINA. Demais... eu podia escrever (fazer trabalhinhos da escola e entregar impresso por uma matricial, eu era o malandro da turma), jogar milhares de jogos (e tinha um muito bons). Lembro do dia em que ele foi buscar a máquina na extinta Penasoft, entrar em uma loja de informática era estar no paraíso... cada coisa legal que dava vontade de pedir pro meu pai comprar tudo! Hoje a gente entra e o primeiro comentário que passa em nossa cabeça é: “que bosta, não tem nada!”.

E a Internet? NOOOOOSAAAA! Eu e a minha cota de 10 minutos diários lá pelos idos de 1998, quando a internet começou a ser acessível, era um baita acontecimento. Eu podia ver foto, baixar sofridamente música (era uma época que eu comecei a escutar muito Queen e entrava em todos os sites, via discografia, videografia, fotos, biografia e até baixava músicas raras). Entrar no Bate-Papo do UOL, nossa! Era demais, entrava no bate-papo da minha cidade e conhecia pessoas (depois anotávamos o ICQ de cada um e conversávamos em particular), entrava em sala de bate-papo adulto e conversava com outras crianças que também entravam, e porque não! descobria o site da Playboy!

Não tardiamente chegou a onda do HPG e os hospedeiros grátis de sites. Época que quem não tinha o Frontpage ou o Dreamwaever estava fora das rodinhas do pseudos-geeks. Era divertido demais, fazendo sites para sacanear os coleguinhas, sobre time de futebol, bandas de rock n’ roll, era muito legal. Logo depois veio a onda dos blogs e fotologs. Era a melhor forma de conhecer pessoas, não tinha essa como tem hoje, que só adicionam em MSN pessoas conhecidas ou isso ou aquilo... na época a gente falava com qualquer um, essa era a graça. Hoje isso tá voltando um pouco, mas não sei se é da mesma forma.

E é engraçado, porque hoje temos os códigos QRs; aplicativos de Smartphones que você faz o download pelo seu computador; internet wi-fi; televisão HD, vídeo-game com controle sem fio e/ou por sensor de movimento; alto compartilhamento de vídeo, música, livros e por aí vai. A gente muitas vezes nem sequer percebe essas mudanças. Quando meu pai comprou pela primeira vez um mini-system Aiwa pela internet, eu nem sequer imaginava que dá pra comprar qualquer coisa pela rede mundial de computadores, e de qualquer lugar do mundo! Sem dúvida é assustadoramente genial. E ao mesmo tempo a gente quer mais, porque é fato que a vida fica bem mais dinâmica, e vai ter muito mais mudanças por aí.



Mas de qualquer forma, como é bom lembrar da época em que o Mega-drive era o vídeo-game mais espetacular que se tinha (e ainda o é ao lado do Super Nintendo), e como é bom ver as crianças de hoje em dia indignadas ao ver coisas assim em funcionamento.

Eu sou de uma geração, a do final dos anos 80, que viveu a infância durante os anos 90 e viu a transição entre a brincadeira de rua e as inovações tecnológicas, e acho que consegui aproveitar bem as duas. São épocas diferentes, mas antigamente havia mais interatividade. Hoje se conhece muita gente por foto, mas pouco pessoalmente. Cada vez mais a tecnologia afasta fisicamente as pessoas, e com certeza esse é o grande ônus do avanço tecnológico.

Antigamente a gente sofria com computador lento, mas não sabíamos, não conhecíamos nada mais rápido... e essa é a graça da História, essa é a lógica da coisa... temos que apreender o Homem no seu tempo, analisá-lo com as ferramentas que lhes eram disponíveis e ver as transformações no tempo. E é incrível ver como o tempo está se acelerando velozmente, que em 15 anos de minha memória tecnológica tanta coisa tenha se transformado... e pra melhor!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Nome do Café



O grão escuro, torrado e moído, usado em todo mundo para preparar uma bebida aromática estimulante, é o café.

Segundo a história, os árabes tinham começado a beber café no século XV.

Devido às primeiras preparações do café similar ao do vinho, foi dado nome kahwa. Um século depois, o café se estendeu ao Egito, à Síria e à Turquia e seu nome mudou a kahvé.

Hoje em dia, a denominação espanhola desta deliciosa bebida que faz famosa a Colômbia, écafé. Nos demais idiomas a grafia varia, mas sempre mantém a mesma raiz:

café em castelhano, português e francês;
coffea em latim (seu nome científico);
coffee em inglês;
Kaffee em alemão;
kaffe em sueco.



terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O Café - História e Penetração no Brasil

Hoje postarei um interessante documentário brasileiro, "O Café: História e Penetração no Brasil" produzido em 1958 pelo Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE) e dirigido por Humberto Mauro.

Um curta metragem de 30 minutos que conta um pouco da história do cultivo da rubiácea, o processo de beneficiamento, transporte, distribuição e consumo do nosso tão querido café. É uma viagem pela história de nosso país, passando pelos casarões valeparaibanos até as modernas cidades do oeste paulista.

Filme pioneiro, de caráter educativo, e que certamente pode ajudar o professor em sala de aula para ilustrar essa temática tão discutida nas escolas quando se fala em economia nacional, por ser por muito tempo carro-chefe da economia nacional.

Vale muito apenas assistir.