Rádio Reverberação

domingo, 25 de março de 2012

Micrônica de um clássico


Hoje é dia do maior espetáculo da Terra! Os torcedores do São Paulo e do Santos que me desculpem, mas clássico mesmo é Palmeiras vs Corinthians. O que move a rivalidade entre esses dois times é muito mais do que torcidas organizadas violentas, que nunca deveriam existir, mas é a paixão pelo verdadeiro futebol, pela arte construída nos gramados, que levantam multidões e faz marmanjo chorar de emoção. O derby é muito mais do que dois times de uma mesma cidade, é muito mais do que uma simples partida, é o símbolo de lutas extra campo que vem desde 1915 quando o Palestra Itália venceu o primeiro jogo contra o Corinthians. Um time não é nada sem o outro... festejamos como se fosse um título o rebaixamento um do outro, mas sentimos falta de disputar campeonatos diferentes. Quando os times entram em campo não existe “boa” ou “má” fase, os dois são grandes, os dois se agigantam em campo, não é a toa que em mais de 350 jogos o equilíbrio seja tão grande, mesmo historicamente o Palmeiras seja o melhor. Fato é que não existe rivalidade sem o outro; já não é mais comunistas contra fascistas (infelizmente), mas são dois clubes de tradição e força, detentores de centenas de títulos e glórias. Estarei torcendo ferozmente para que meu Verdão vença e destrua o Corinthians hoje, mas antes disso que ver uma bela partida de futebol, disputada no campo de forma leal, sem ajuda de juiz, sem violência dentro e fora do estádio. Ninguém deve morrer por futebol, e ninguém deve matar por futebol. O respeito tem que prevalecer acima de tudo, e as provocações são bem vindas desde que seja de forma saudável. Hoje vai ser lindo! Quero bola na rede para soltar um sonoro grito de GOL! Torço para uma grande partida, mas que vença a gloriosa Sociedade Esportiva Palmeiras.


quarta-feira, 21 de março de 2012

História: Ordem republicana e instituições políticas


Brasão de Armas do Brasil


Edgard Carone em seu clássico “A República Velha: instituições e classes sociais” propõe que uma das fragilidades do Império brasileiro fora o fato de não ter sido constituída uma nobreza hereditária. Não havia um elo de ligação mais forte entre a nobreza e a Casa Imperial, o que possibilitou, segundo o autor, uma grande adesão ao regime republicano já logo após a sua implementação em 15 de novembro de 1889. A República para muitos era inevitável, e gradualmente mais adeptos foram se filiando a nova forma de governo. A Ordem Republicana aos poucos era instituída (CARONE: 1978, 379-80).

Esta Ordem, porém, não se deu de forma tão ordenada. É muito recorrente na historiografia brasileira hoje o resgate da crônica de Aristides Lobo, publicada pelo Diário Popular no dia 18 de novembro de 1889, no qual se encontra registrada a célebre passagem “o povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava”. O povo do Rio de Janeiro estava assistindo a uma revolução, a instauração de um novo regime por acidente, aceitando um movimento que, para Rui Barbosa, não era seu e não tinha sido elaborada por ele [o povo]; era um acontecimento lamentável, para José Maria dos Santos (SILVA: 2005, 67-68). Em grande medida, não era um regime popular, no ambíguo sentido da palavra.

Uma vez destituída a Monarquia, precisava-se definir o paradigma republicano a ser adotado. José Murilo de Carvalho aponta que esse era um problema, pensado pelos intelectuais republicanos da época, que fora enfrentado de uma maneira diversificada. O autor de uma maneira esquemática, recorrente na historiografia sobre a primeira república, apresenta três tipos de manifestações republicanas que podiam ser identificadas naquele momento: o liberalismo, o jacobinismo e o positivismo (CARVALHO: 1998, 92-96).

Proclamação da República, 1893, óleo sobre tela de Benedito Calixto (1853-1927).
Acervo da Pinacoteca Municipal de São Paulo

A primeira posição, segundo o autor, era encabeçada pelos grandes proprietários de terra de São Paulo, que desde os primeiros anos da década de 1870 já se encontravam com o Partido Republicano organizado. A centralização monárquica já não dialogava com os interesses desse grupo, e o republicanismo de ordem federativa estadunidense era o ideal a ser seguido. José Murilo diz que nos finais do oitocentos o darwinismo social era a postura liberal mais comum no país, influenciando muitos, entre os quais o republicano paulista Alberto Sales pode ser identificado.

Sales, em 1887, afirmava que o país passava por um momento de turbulência política, e os comandantes do Brasil, principalmente os do Partido Republicano, deviam se posicionar frente às questões que envolviam a ordem nacional. O progresso social, para ele, manifesta-se por via de desagregações e agregações correlativas, assim como um progresso biológico. No entanto, esse processo na fisiologia é observado de maneira clara e homogênea, enquanto no desenvolvimento social ocorre de maneira mais obscura. A nacionalidade, em sua Teoria da Nacionalidade (SALES: 1983, 86-99), é uma construção política consciente, elaborada a partir de uma evolução de elementos sociais, culturais, etnológicos, geográficos e políticos, que permitem, que um conjunto e indivíduos, formando uma sociedade específica, unindo esses e outros elementos possam formar uma unidade psicológica e politicamente estruturada, estabelecendo, assim, o nacionalismo.

O federalismo norte-americano foi o modelo vencedor na primeira Constituição republicana, em 1891. José Murilo de Carvalho discorre em seu pensamento uma leitura em que mostra o federalismo democrático estadunidense como sendo uma instituição perfeita constituída em uma sociedade igualitária, e que o Brasil intensificava a questão da desigualdade sócio-política, e o darwinismo republicano brasileiro possibilitava a implantação do autoritarismo no Brasil (CARVALHO: 1998, 93)


O Clube Jacobino, 1893.

A segunda posição republicana perceptível nos primeiros anos do regime foi o jacobinismo. Este modelo era o mais radical dentre os três apresentados aqui. Há nesse grupo uma forte crítica ao passado Imperial brasileiro, argumentando que o fator preponderante para o atraso do Brasil frente ao resto do ocidente era a própria Monarquia. O xenofobismo também era uma marca do jacobinismo, principalmente no que se diz a respeito à figura do português. A república deveria ser construída, organizada e controlada por brasileiros e a Nação era a Nação de brasileiros. Ala de extrema radicalidade, que via no centenário da Revolução Francesa o momento perfeito para se efetivar a Revolução Brasileira.

O jacobinismo, lembra Amanda Muzzi Gomes, teve seu período de maior “ação”, ou pelo menos o Clube dos Jacobinos, durante o governo do marechal Floriano Peixoto (GOMES: 2008, 3). Convencionalmente a historiografia associa o movimento ao florianismo, que se diz da grande simpatia ao governo do segundo presidente do Brasil. Em lutas legalistas com a utilização de forças armadas, os jacobinos inflamados como patriotas, inspirados nos revolucionários franceses, defensores de uma ordem, uniam-se em favor de Floriano para combater os contrários ao seu governo. Exemplo disso é a revolta da Armada, em 1893, que tinha como líder o almirante Custódio José de Melo, que segundo Boris Fausto, frustrado em seu objetivo de suceder Floriano na presidência da República arma um levante contra o governo, e os jacobinos se voluntariavam em defesa do presidente (FAUSTO: 2006, 255). O grupo ainda se mantém nos primeiros anos do século XX, sendo considerados “desordeiros”, sobretudo durante a Revolta da Vacina, em 1904.

A terceira e última posição era a positivista. A República era de face positivista por excelência, que deveria ascender em detrimento da Monarquia, tendo como resultado o progresso, impossibilitado pelo Estado imperial. Outras duas e importantes idéias positivistas eram a secularização do Estado e a implementação da ditadura republicana. Paradoxalmente, e destacado por Carvalho, os militares foram os mais simpáticos ao positivismo, mesmo que um governo militar, de acordo com a tese comtista, significasse o retrocesso da sociedade. Acredito que seja digno de nota o fato do Rio Grande do Sul ter sido, talvez, o maior adepto ao movimento, e Minas Gerais o menor.

Em meio as três propostas identifico que a fragmentação política é evidente. Em um país do tamanho territorial semelhante ao Brasil não permite que um corpo político apenas o governe. Por isso, as unidades federativas surgem como auxílio para a constituição da nação. No próprio Estado há outras fragmentações de mesma ordem, numa teia administrativa. No entanto, a utilização de uma democracia liberal em seus moldes clássicos, no qual à vontade da maioria, e a possibilidade da maioria de governar não se faz presente. O Brasil é comandado por oligarquias regionais, caudilhos, como Sylvio Romero (1912) afirma várias vezes em sua obra.

Consolida-se, então, a República liberal, com Campos Sales. Há um empenho em minimizar disputas internas em cada Estado, a fim de controlar a instabilidade política, que deveria ter sido sanada com a instauração do regime republicano, mas que não ocorreu. O presidente, então, lança a Política dos Governadores. Boris Fausto define os objetivos dessa política como, mais uma vez argumentado, a redução, ao máximo, das disputas políticas regionais de cada Estado, prestigiando os grupos mais fortes. Outra característica presente nessa prática é chegar a um acordo básico entre os poderes Executivo e Legislativo, “domesticando” a escolha dos deputados. O governo federal, assim, sustentaria os grupos dominantes de cada região, em troca, apoiaria, a política do presidente da República (FAUSTO: 2006, 258-259).

Com isso, procurei explanar em linhas gerais as três principais vertentes republicanas surgidas no Brasil com a transição do regime monárquico para o republicano nos finais do dezenove, tendo como linha de raciocínio subsidiária a obra de José Murilo de Carvalho, e inserindo outras obras clássicas ou não sobre o tema em questão. Na busca do paradigma republicano ideal, o liberal federalista se mostrou o vencedor, tendo certa influência do positivismo, e o jacobinismo ridicularizado. O liberalismo consolidado no governo de Campos Sales se mantém até o Estado Novo, quando uma nova lógica de organização política entra em voga, da qual não me coube aqui discutir.


Referências Bibliográficas

CARONE, Edgard. A República Velha: I instituições e classes sociais (1889-1930). Rio de Janeiro/São Paulo: Difel, 1978.

CARVALHO, José Murilo de. Pontos e bordados: escritos de história e política. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2006.

GOMES, Amanda Muzzi. “Jacobinos: abordagem conceitual e performática”. In: Revista Cantareira. Nº 13. Rio de Janeiro, 2008.

ROMERO, Sylvio. A bancarrora do Regimen Federativo no Brazil. Porto: Typ. A vapor de Arthur José de Souza & Irmão, Succ., 1912.

SALES, Alberto. A pátria paulista. Brasília: UnB, 1983.

SILVA, Hélio. 1889: A República não esperou o amanhecer. Porto Alegre: L&PM, 2005.


(Texto apresentado para a disciplina de Brasil III, ministrada pelo Prof. Dr. Ronaldo Pereira de Jesus - DEHIS/UFOP)

segunda-feira, 19 de março de 2012

Qual é a trilha sonora da sua vida?



Você está tem a resposta na língua quando te perguntam qual é a sua música favorita? Eu tenho a minha já há muito tempo, mas às vezes eu me pergunto se ela é realmente a minha música favorita. Existem momentos que ela serve, e há momentos que não. Isso me leva a pensar que não temos uma música favorita, mas temos músicas favoritas para determinadas horas. E as músicas variam de pessoa pra pessoa e de ocasião pra ocasião.

Não acredito que alguém em sã consciência não goste de música. Não é clichê isso que eu vou dizer não, na verdade é, mas o fato que se trata de uma verdade. A música tem força de mudar nosso estado de espírito; ela tem o poder de incitar multidões; ela tem o poder de reorganizar sociedades. O sociólogo alemão Max Weber já esboçou algo neste sentido, em um artigo intitulado, “Os fundamentos racionais e sociológicos da música” ele mostra como a estética musical separando-se da história da música, no século XIX, gerou tensões que propiciaram mudanças significativas no modo de diversos campos de conhecimento. Como a racionalização da música coincide com a racionalização do próprio mundo ocidental. O negócio é que a música transforma.

Uma trilha sonora, tirando as de novela que vai perdendo o sentido ao longo de 8 meses de chatísse, mas de um filme ou um episódio de seriado... quando a música é bem escolhida e tocada na hora certa derruba qualquer marmanjo. Tudo é uma questão de intensidade, de duração, de interação com a cena... são vários fatores que quando articulados geram uma sensação sublime, exaltando a estética da coisa e principalmente causando a sensação patética que a cena se propõe. Aquela cena do Tom Cruise com Kelly McGillis tocando “You Take My Breath Away” do Berlin ao fundo; ou David Bowie brincando com o molequinho ao som de “Magic Dance”; até o personagem de Clancy Brown sequestrando a de Roxanne Hart, em Highlander ao som de "A dozen red roses for my darling/New York, New You", do Queen. Tudo isso além de ser ótimo, é inesquecível. Poderia ficar horas escrevendo sobre cenas que tiveram a escolha perfeita de sua trilha, mas não vou.

Rick Moranis e Ellen Greene, em "A Pequena Loja de Horrores" (1986)

Já parou pra pensar em qual seria a trilha sonora de sua vida?

Há sempre aquele momento em que acontece alguma coisa em nossa vida e lembramos de uma música imediatamente, e aquela sensação “bem que ela poderia tocar agora”. Seria muito interessante se isso fosse físicamente possível, andar por aí (sem nossos aparelhos individualizantes de MP3) e escutarmos a música certa no momento certo. Seria no mínimo hilário. Mas as coisas não funcionam assim... O Palmeiras perde o campeonato, qual é a primeira música que meu vizinho toca em sua vitrola?: O “hino do Corinthians”! Quando a gente tá mal pra caramba por conta daquela dor de cotovelo, você anda isolado na rua, senta-se no banco da praça e alguém para o carro, abre o capô e liga no último volume “Que isso, novinha?”... não adianta, nenhuma música toca na hora que a gente quer.

Sei lá... por mais que eu ache os Titãs uma banda vendida para o grande capitalismo (não que eu tenha problema com o grande capitalismo, mas uma banda que pregava o anarquismo fazer o que eles fazem hoje, não merecem o meu total respeito), eles tem uma música que ironicamente é muito boa: “A melhor banda de todos os tempos da última semana”. Constantemente aparecem uma banda genial que dizemos ser insuperáveis. Insuperável mesmo é o Queen, mas os outros vão trocando de posto constantemente. E eu que sempre estou vasculhando a internet para descobrir algo que não conhecia me surpreendo constantemente com coisas que não fazia ideia que existiam, ou que não botava muita fé, mas que depois que eu parei para escutar achei genial... e fico achando aquilo a oitava maravilha do mundo até conhecer outra coisa. Isso é incrível!

Mas incrível mesmo é a capacidade dos compositores em escrever músicas que combinem com o estado de espírito das pessoas. Tem música pra tédio, tem música pra felicidade, tem música pra fazer almoço, tem música pra bater laje, tem música pra jogar futebol e até música pra brigar no bar... tem música pra tudo. E eu acredito mesmo que esse seja um grade diferencial do homem moderno. A capacidade de escutá-la, de apreciá-la, de deixar com que ela desperte sensações, das mais bobas às mais alucinantes... fazendo com que mexamos os esqueletos e sair dançando por aí... afinal, quando assiste aquela “Dirty Dancing” dá ou não dá vontade de sair dançando rua afora?! Não tenha vergonha, a resposta é sim!

Qualquer hora faça um exercício e comece a fazer uma lista, como aqueles caras do livro/filme “Alta Fidelidade”, relacionando as melhores músicas para cada situação... vez ou outra nos intervalos eu vou pensando nessas coisas... é um bom exercício de autoentretenimento, mas quando está estressado não há calmante melhor!

É como eu sempre digo... não importa o seu instrumento musical favorito, ou a música mais eletrizante, nunca deixe de dança. Mesmo desengonçado faz bem pra alma!


A melhor música de todos os tempos na minha opinião.

terça-feira, 13 de março de 2012

Estado vs Igreja: As discussões sobre o aborto retornam!


Estado é Estado... Igreja é Igreja. Cada um exerce uma importância significativa dentro da instância que atua, respectivamente. É fundamental para o equilíbrio da sociedade que uma instituição não interfira no funcionamento da outra, o que efetivamente isso não é verdade. A Constituição republicana brasileira, desde o Governo Provisório, de 1889, garante a laicidade do Estado, e a isenção do mesmo com relação aos mandos das entidades religiosas. Não obstante, isso nunca ocorreu efetivamente, e parece que nessa onda neoconservadora que vivemos hoje a influência das interpretações do divino estão influenciando e atrapalhando o progresso da Nação. Não sou religioso, a Bíblia pra mim é como a Tora, o Corão, o Livro de Mormon, não passa de uma compilação de alegorias datas comum propósito bem definido, a evangelização. Ao mesmo tempo não me importo com quem seja, afinal a religião possibilita muitas pessoas a terem uma vida mais saudável, porque não? O problema é quando a religião é manipulada de forma negativa, e quando isso vai de encontro com os princípios do Estado. A decisão da descriminalização do aborto, tema altamente relevante, assim como a questão da criminalização da homofobia e outras questões que irritam católicos e evangélicos, devem ser tratados como assuntos de ordem pública, civil e laica. A manipulação da opinião pública é perversa, mas que seja feita no púlpito da “casa do Senhor”, não na bancada do Congresso. Estamos dando um passo para trás no processo democrático ao permitirmos que os interesses da religião – e não necessariamente da religiosidade – acabem com o direito do cidadão de se proteger amparado pela lei... e se ela existe, tem que ser cumprida.

domingo, 11 de março de 2012

Sorvete de Café

Uhm... fácil de fazer e muito saboroso!


Ingredientes


1 lata de leite condensado

A mesma medida de leite

1/2 xícara de café fortíssimo

3 ovos

1 lata de creme de leite

2 colheres de sopa de amêndoas moídas

Creme chantilly

Grãos de café para decoração


Modo de Preparo


Bater no liquidificador: o leite condensado, o café, as gemas

Levar ao fogo brando, mexendo sempre até começar engrossar

Antes que ferva retire do fogo, deixe esfriar, acrescente as amêndoas moídas, o creme de leite e as claras em neve

Misture tudo muito bem e leve ao congelador por 2 horas no mínimo

Sirva em taças com creme de chantilly, decorado com grãos de café

sexta-feira, 9 de março de 2012

A tentativa de anulação da Operação Satiagraha

Daniel Dantas e ACM

A princípio parecia que os ideais de Mahatma Gandhi haviam sido bem usados aqui no Brasil, durante a Operação Satiagraha, uma gigantesca ação da justiça que revelou uma rede de lavagem de dinheiro, desvio de verbas públicas e corrupção. Significando “firmeza na verdade”, então princípio da “não-agressão” formulado pelo pacifista indiano, a operação brasileira fazia aquilo que em terras tupiniquins é muito raro... colocou muito banqueiro bandido atrás das grades. No entanto, parece que todo o esforço de se fazer justiça no país tem seu prazo de validade, que acaba no primeiro habeas corpus. Uma rede de figurões como Daniel Dantas e Naji Nahas que causam rombos enormes nos cofres públicos são considerados pela justiça e por grande parte de nossos legisladores como agentes avançados do capitalismo moderno. Especuladores que brincam com os contribuintes, que na maioria das vezes não sabem o que acontece, manipulados por uma imprensa que ganha muito com certos acordos, interesses e patrocínios, e também pelos próprios políticos que elegemos. A operação desmascarou uma série de crimes graves, e que podem simplesmente ser considerada como ilícita. Uma suposta ação fora dos padrões pode ser o argumento do Superior Tribunal de Justiça para arquivar essa que talvez seja a principal operação policial do século até então, no Brasil. Considerá-la inconstitucional é o mesmo que trocar Jesus por Barrabás... é o reconhecimento e redenção púbica de criminosos. Até quando vamos assistir esse tipo de coisa? Ao mesmo tempo em que a justiça nos dá esperança que dias melhores estão chegando, ela mesma força o desânimo em acreditar que um dia a lei servirá para todos.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Parabéns, Mulherada!


Sexo frágil?! Cada vez mais eu tenho certeza que ou essa máxima está cada vez mais sem sentido, ou que ele é uma mentira histórica. O correto é dizer “sexo sensível” ou “sexo delicado”, que ao mesmo tempo em que merece ser tratado com igualdade, tem que ser tratado com um diferencial, com calma, carinho, delicadeza e paciência. Sexo forte, que resiste a dores inimagináveis, que supera todas as adversidades que a vida impõe – e que para vocês mulheres são muitas -. Sexo inteligente, e na maioria dos casos, o mais inteligente. O mundo é e sempre foi repleto de grandes mulheres, fantásticas pensadoras que sempre estiveram na vanguarda, lutando por seus direitos, pensando no próximo, defendendo a democracia e os direitos dos cidadãos. A cidadania é uma palavra que se encaixa perfeitamente no perfil da mulher, pois não há ser no universo que não leve isso mais a cabo. E o que seria dos homens sem as mulheres? Não seriamos ninguém! Pondo cabresto aqui, amaciando ali, deixando a gente pensar que está no controle da situação... e a beleza?! Ahhh! O mundo é muito mais bonito com a presença de vocês, e mais alegre por isso... e o mais fascinante é que o mistério que cada uma traz consigo é único, complexo em si mesmo e que intensifica todo o charme que carregam... e que as deixam ainda mais atraentes! Em todo grande evento há uma brilhante mulher, e enquanto isso acontecer o mundo não parará de girar, e nossos corações estará sempre aquecido. Obrigado Deus, Allá, Jeová, Júpter, Zeus, Rá ou qualquer outro Pai Celestial pelas mulheres, que mais do que um ser único é um ser fundamental. Hoje é uma data oficial, mas todos os dias são dedicados à vocês mulheres!

Beijos à todas vocês!

(Retirado do meu perfil no Facebook)