Rádio Reverberação

terça-feira, 13 de março de 2012

Estado vs Igreja: As discussões sobre o aborto retornam!


Estado é Estado... Igreja é Igreja. Cada um exerce uma importância significativa dentro da instância que atua, respectivamente. É fundamental para o equilíbrio da sociedade que uma instituição não interfira no funcionamento da outra, o que efetivamente isso não é verdade. A Constituição republicana brasileira, desde o Governo Provisório, de 1889, garante a laicidade do Estado, e a isenção do mesmo com relação aos mandos das entidades religiosas. Não obstante, isso nunca ocorreu efetivamente, e parece que nessa onda neoconservadora que vivemos hoje a influência das interpretações do divino estão influenciando e atrapalhando o progresso da Nação. Não sou religioso, a Bíblia pra mim é como a Tora, o Corão, o Livro de Mormon, não passa de uma compilação de alegorias datas comum propósito bem definido, a evangelização. Ao mesmo tempo não me importo com quem seja, afinal a religião possibilita muitas pessoas a terem uma vida mais saudável, porque não? O problema é quando a religião é manipulada de forma negativa, e quando isso vai de encontro com os princípios do Estado. A decisão da descriminalização do aborto, tema altamente relevante, assim como a questão da criminalização da homofobia e outras questões que irritam católicos e evangélicos, devem ser tratados como assuntos de ordem pública, civil e laica. A manipulação da opinião pública é perversa, mas que seja feita no púlpito da “casa do Senhor”, não na bancada do Congresso. Estamos dando um passo para trás no processo democrático ao permitirmos que os interesses da religião – e não necessariamente da religiosidade – acabem com o direito do cidadão de se proteger amparado pela lei... e se ela existe, tem que ser cumprida.

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