Rádio Reverberação

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Chuvas que castigam!


As chuvas mais uma vez chegam com força total neste verão. Pouco podemos fazer contra a força da natureza, que sem sombra de dúvidas é muito mais poderosa do que a gente. No entanto, sabemos quando ela age, e podemos evitar catástrofes que assistimos todos os anos na mesma época do ano. É evidente que nem sempre temos condições de prever uma queda de barranco aqui ou ali, mas temos totais condições de evitá-las: não desmatando as encostas, leitos de rios, entre outros pontos que podem ceder facilmente.

Parece até uma trágica coincidência. Cada ano que se passa um estado é mais prejudicado pelas chuvas. Ano é Santa Catarina e Pernambuco, outro ano é Rio de Janeiro, mas este ano Minas Gerais está sofrendo muito. Minas não é meu estado natal, mas é onde hoje eu resido e tenho muito apreço. Terra de gente festiva, de boa cachaça, de apetitosos queijos, mas que abrem o dia 6 de janeiro de 2012 com mais de 80 cidades em estado de emergência e milhares de desabrigados pelos quatro cantos do estado. Tragédia que se repetem e que nossas autoridades parecem não se preocupar em nada, isso quando elas existem, que é o caso de minha querida Mariana, localizada na região central de Minas.



Ela e sua vizinha Ouro Preto, que nesta semana teve um dos dias mais tenebrosos de sua história recente com relação as chuvas de verão, com dois taxistas, dois trabalhadores morreram soterrados por um enorme e violento deslizamento, sofrem na pele o descaso das autoridades locais. Cidades históricas, possuidoras de um bem patrimonial, cultural e turístico enorme, são ao mesmo tempo esquecidas por Deus. Mariana, desde as eleições de 2008 não tem um prefeito fixo. A cada três meses a cidade ganha um novo agente executivo, em uma ciranda de troca e destroca que deixa a população sem saber a quem recorrer. Obras na cidade estão paradas, o saneamento é precário, a situação dos bairros periféricos é deplorável, e nada é feito para se combater isso.




Está na hora da população reagir em relação a isso. Não é justo apenas encararmos a força da chuva de cara limpa. A maior parte dos desastres são facilitados pelo Homem? Sim é claro que são... mas ao mesmo tempo cabe a ele mesmo prevenir que isso não aconteça, e o poder público é quem tem a condição de dar a primeira cartada. Não vamos mais deixar cemitérios centenários serem destruídos ou pessoas sendo soterradas. Isso não vale apenas para as cidades mineiras ou brasileiras; vale para o mundo inteiro, mesmo que os únicos que não conseguem remediar situações como essa é o nosso, a sexta maior economia do mundo, e a primeira em vergonha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário