A política venceu o bom senso... aliás, acredito que a política sequer um dia teve que travar alguma disputa com o bom senso. Mas hoje vivemos em um contexto que é difícil acreditar em algumas coisas. O que mais vem chamando nossas atenções é a “virada conservadora-cristã-xiita” que tem dominado as Assembleias legislativas por todo o país até alcançar, inacreditavelmente, a presidência da Comissão dos Diretos Humanos da Câmara dos Deputados, em Brasília. Negociar-se-á por aquelas bandas questões que há muito queremos extirpar de nossa sociedade: a violência, o preconceito, a intolerância... o tal pastor Feliciano já quer criminalizar a discriminação aos heterossexuais... é muito difícil e tortuoso em nosso país, não é verdade? Além disso, existem outras frentes que agridem ainda mais a nossa cidadania. Exemplo disso é a matéria que eu compartilho aqui neste post (clique aqui para ver a reportagem)... a bancada ruralista quer abrandar leis trabalhistas que punem agricultores que mantêm em suas propriedades pessoas que trabalham em condições semelhantes a escravidão, alegando que se deixar de pagar um ou outro benefício de direto do trabalhador é a mesma coisa, ou seja, não é justo perder a propriedade (uma das possíveis penas) por causa disso. Cada vez mais vemos o ser humano sendo massacrado por aparelhos invisíveis corroborados pelo nosso Estado. Não estou evocando nenhum tipo de moral, mas não conseguimos alcançar o estágio de civilização (atenuando o conceito, não quero discutir isso) que a humanidade um dia pensou. A liberdade, igualdade e fraternidade que os revolucionários franceses cantaram estão longe daqui... e mesmo com a velada democracia que tem se fortificado em nosso país, os fins ainda justificam os meios.
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