museu ferroviário da vila de Paranapiacaba, em Santo André-SP
Pierre Nora ao nos apresentar, segundo a visão dele, a noção de “Lugares de Memória” nos permite pensar sobre a importância de se considerar a materialidade da história. Há momentos em que não podemos simplesmente acreditar na ideia de que um lugar é só um lugar. O nosso passado, como bem sabemos, está trancado a sete chaves em sua totalidade, mas pode e deve ser resignificado sempre seja nas penas de um historiador, nas festas populares, na tela do cinema ou em um museu. Mas infelizmente por vezes a materialidade do passado, os lugares que nos fazem rememorar os tempos pretéritos simplesmente são ignorados pelas autoridades, são sucateados por maus administradores ou depredados por vândalos que não tem a menor noção da importância que isso tem para o desenvolvimento da identidade de um povo. Sempre é triste ler notícias como a da depredação do Museu Ferroviário de Paranapiacaba... roubos, depredações e outros atos maléficos destoem o patrimônio, apagam a história e empobrece a cultura de nossa nação. Pr’álem dos atos criminosos contra o museu... ao ver as fotos do lugar é possível perceber que o museu está jogado às moscas... um lugar que no passado era imponente e fundamental hoje não passa de um galpão velho e destruído (bom, pelo menos é que é possível ver pelas imagens... nunca fui lá). É uma pena que esses fragmentos da história estejam sendo apagados deliberadamente e pouco se faz para que isso mude. Hoje em dia é comum lermos notícias sobre demolição de prédios históricos em todo o país para o benefício do progresso. Que progresso é esse, que prefere ser um desmemoriado do que uma salvaguarda da história do povo?
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