Rádio Reverberação

sexta-feira, 7 de abril de 2017

E quem ganha a guerra?

Imagem fornecida pela Marinha norte-americana mostra lançamento de míssil
a partir destroyer americano em ataque a base aérea síria

No colégio ao estudar História aprendi que no percurso da humanidade o conflito bélico sempre teve significativa presença. As grandes conquistas, os maiores homens, as incríveis expansões foram frutos do desespero, da violência e de sangue. Fosse em nome de Deus ou da Nação, sobrepujar o inimigo apresentava-se como o caminho mais rápido para a glória. Os dias de paz tornavam-se engodo. Aumento da população, necessidade de abastecimento, possibilidade do fim do acúmulo, falta de espaço, etc. A paz não é um bom negócio. A paz deixa o ser humano invisível. É difícil saber o nome daquele vizinho que fica deboas, acorda cedo e vai trabalhar, passa na padaria antes de ir para casa e quando chega toda seu banho, vai jantar assistindo um filme ou uma série sem causar grande alarde. Talvez nem saibamos o nome desse vizinho. Mas quem nunca esquecerá do “Seu Asteriovaldo” (nome fictício), aquele que furava a bola das crianças quando caia em seu quintal, que soltava o cachorro para afastar o vendedor de enciclopédia, que ficava xingando o outro vizinho que colocava Raça Negra alto para fazer o faxinão de sábado e fiscalizava a vida de todo mundo naquele pedaço de rua? Esse a gente nunca esquece. Esse entra para a História! Afinal de contas, quem não gosta de mandar indireta “pras inimiga” no facebook? Há alguns dias eu estava na praça da cidade arrebatando um taio, quando começou uma briga de adolescente ao lado do coreto. A coisa parece que estava feia, pois chamou muita atenção, sobretudo de um pessoal que estava sentado ao meu lado, em que um dos membros abriu um sorriso de todo tamanho e disse algo como: “Nossa!! Vamos lá gente... isso é a melhor coisa”. A violência diverte! Em maior escala, ela faz o mundo girar. Síria, EUA e Rússia estão abrindo um novo capítulo da história sem fim. A barbárie deve ser combatida com firmeza nas ações. Custe as vidas que custar! Foram apenas os 100 primeiros mortos por gás, só 50 mísseis lançados! Céu e Inferno fazem parte de um conjunto habitacional popular. Muros baixos e casas semelhantes demais para distinguirmos só de olhar.



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