Rádio Reverberação

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Escrutínio do dia 26 de outubro de 2014

 
NO PRÓXIMO DOMINGO, dia 26 de outubro de 2014, eu e outros 142 milhões de eleitores escolheremos o presidente da república que governará nosso país pelos próximos 4 anos. Não considero apenas como um ato obrigatório de “cumprimento do dever”, mas um ato cívico de respeito a mim, aos meus pares, conterrâneos e à pátria. Está em jogo muito mais do que a figura política que administrará o Brasil, mas o tipo de país em que nós brasileiros queremos viver. Estamos evidentemente longe de estarmos no país mais desenvolvido do mundo, e ainda passamos por problemas notórias em diversas frentes (educação, saúde, distribuição de renda, corrupção, etc.), mas uma nação do tamanho do Brasil que passou 502 anos de sua existência preso nos grilhões de grupos expropriadores, não seria em 12 anos se tornaria a maior potência mundial. Porém, nesses últimos 12 anos o Brasil avançou e avançou muito. Cada vez mais deixamos a esperança romântica do futuro redentor para trás, e com os pés no chão vivemos categoricamente o presente. Presente este que parecia irreal em meus tempos de criança. O acesso à universidade e às escolas técnicas estão progressivamente mais democráticos; houve uma redução em dois terços da mortalidade infantil, cumprindo com antecedências as metas estabelecidas pela ONU; reduziu-se em um quarto a pobreza extrema no Brasil se comparado aos indicadores do início dos anos 1990,retirando pela primeira vez o país do “mapa da fome” mundial; isso foi possível pela ampliação dos programas sociais do governo que permitiu uma restruturação das famílias mais pobres, que puderam colocar seus filhos na escola, o que fez com que o número de crianças entre 7 e 14 anos matriculadas no ensino básico atingisse 97%, permitindo que seus país pudessem “pescar” com maior tranquilidade; entre uma outra série de melhorias que me faz cada vez mais acreditar em meu país, e na forma que ele é gerido. Já disse e repito, o fato de ser bem gerido não quer dizer que ele seja perfeito, e nem conseguiria ser. Governar um país requer muito mais do que uma boa retórica e um sorriso irônico no canto da boca. É necessário alguém que tenha firmeza (não mão-de-ferro),visão de futuro e espírito de presente, e a coragem de enterrar no passado aquilo que precisa ser superado. E nós como cidadãos brasileiros devemos nos unir para superar as máculas do conservadorismo, preconceito, desigualdade, desrespeito e atraso. Devemos contribuir para que nós e nossos filhos vivamos em um país onde o negro não seja expulso de uma loja ao tentar comprar um tênis para seu filho, que as mulheres não sejam rebaixadas, violentas e impedidas de controlarem seus corpos de acordo com seus diretos, que os homossexuais possam viver suas vidas calmamente com as pessoas que amam sem terem medo de sair às ruas ser agredidos por brigadas defensoras da moral e dos bons costumes; para que o Brasil seja de fato um país para os brasileiros, TODOS. Temos nossas diferenças regionais que devem ser respeitadas e, sobretudo, valorizadas. São pelas diferenças que vemos o quanto nosso país é culturalmente rico, e é a autoconsciência disso ajudará o nosso próprio progresso (com todas as ressalvas para o termo).
 
Por isso, neste domingo, dia 26 de outubro de 2014, eu voto na reeleição da presidenta Dilma para a manutenção de um governo que notoriamente tem trabalhado para o crescimento e fortalecimento do Brasil, consolidando o espirito democrático e republicano em que o país ao longo de sua história foi diversamente privado. Com a força do povo o Brasil alcançará a vitória e a possibilidade de uma positiva continuidade.

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